domingo, 13 de março de 2011

Na América Latina, 25% das adolescentes já engravidaram




Genebra - Quase 25% das adolescentes na América Latina já engravidaram. O alerta faz parte de um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicado ontem em Genebra. De acordo com o estudo, caiu o porcentual de gravidez entre meninas de menos de 20 anos no mundo. A América Latina, porém, está na contramão. Apenas a África apresenta uma taxa maior.
Entre meninas com maior renda na América Latina, o número daquelas que passaram por um parto é de menos de 5%. Já nas camadas mais pobres, a taxa é superior a 30%. Essas meninas são as primeiras a deixar a escola, afetando suas possibilidades de trabalho por anos. O fenômeno, segundo a ONU, ainda “reforça a desigualdade de gêneros” na América Latina.
O estudo aponta também que 100 milhões de mulheres latino-americanas trabalham, cerca de 50% das mulheres da região Na faixa entre 20 e 40 anos, são 70%. No Brasil, a média chega a quase 60%. O PNUD ainda aponta que as jornadas de trabalho das mulheres são maiores que as dos homens e que, mesmo assim, a renda continua mais baixa. No Brasil, a renda média da mulher corresponde a 60% da renda dos homens.
Apesar disso, um terço das casas no Brasil depende inteiramente da renda da mulher. Em 1990, essa taxa era de 20%. Na América Latina, a média é de 30%. Metade das que trabalham estão na informalidade. No Brasil, 71% das mulheres negras estão na informalidade.

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